
É um resultado verdadeiramente histórico para o PSD, que elege sete em nove vereadores, e relega os outros dois para o PS, cuja candidatura de António Carmo registou o pior resultado de sempre no concelho.
A diferença de votos é abissal: 21.602 no PSD, 7.125 no PS, e apenas 1.923 na CDU, que perde assim a representatividade na autarquia.
Este resultado explica-se, em parte, nas freguesias, onde o PSD e os movimentos independentes apoiados por Moita Flores conquistaram 20 das 28 Juntas do concelho.
Além de ganhar folgadamente nas quatro freguesias urbanas, o PSD conseguiu vencer onde poucos acreditariam na vitória, casos de Amiais de Baixo, Almoster, Tremez, Abitureiras ou Pombalinho, só para referir algumas localidades.
O PS, que tinha 10 Juntas em 2005, passa a gerir apenas sete, e a CDU desce de sete para apenas uma, Pernes, onde nem sequer tem maioria absoluta.
Recorde-se que seis dos sete presidentes de Junta da CDU desfiliaram-se do partido aquando da polémica expulsão de Luísa Mesquita do PCP, tendo agora encabeçado movimentos apoiados por Moita Flores.
“Nunca uma força política conseguiu um resultado tão expressivo”, frisou o escritor no seu discurso de vitória.
“Esta vitória é de Santarém e de todos os que acreditam no futuro desta cidade”, afirmou o autarca durante a festa de arromba que decorreu na sua sede da candidatura, no Largo do Seminário, edifício que também serviu de quartel-general a Cavaco Silva nas últimas eleições presidenciais.
Mesmo num clima de euforia perante os resultados, Moita Flores manteve a promessa de não se recandidatar a um próximo mandato.
“Tenho uma outra vida para viver e tenho que viver até aos 150 anos para escrever todos os livros e séries televisivas que tenho na cabeça”, desabafou.
O Ribatejo