
Numa crítica directa ao antecessor, Ferreira Leite disse que, em escassas semanas, o PSD passou “de um partido sem credibilidade” para uma força que levou o PS “a sentir necessidade de apelar aos socialistas para cerrarem fileiras”. “Este o melhor sintoma de que já estamos a virar a página”, insistiu, acrescentando que o partido precisa agora de “reconquistar os sectores mais dinâmicos da sociedade, em particular o jovens”, mas também a classe média e os pequenos e médios empresários.Apontando baterias ao Governo socialista, a antiga ministra das Finanças acusou o executivo de “confundir insensatez com tecnocracia” e de “esquecer a dimensão humana, das pessoas e das famílias, sem a qual a política se torna intolerável”.
Retomando um tema caro da campanha, a primeira mulher a presidir aos destinos dos sociais-democratas disse que o próximo Governo deverá ter como prioridade “enfrentar os problemas sociais” que afligem o país, mas diz que “mais do que reforçar o papel social do Estado” é necessário estimular “uma nova dinâmica na sociedade civil” capaz de responder aos desafios. Segundo os dados disponíveis, ainda não definitivos, Manuela Ferreira Leite venceu as eleições para a presidência do PSD com 37,67 por cento dos votos, seguida de Pedro Passos Coelho, com 31,07 por cento das preferências, e de Santana Lopes, com 29,8 por cento dos votos. Patinha Antão não foi além dos 0,67 por cento das preferências.O congresso em que serão escolhidos os elementos da nova direcção nacional está agendado para os dias 20, 21 e 22 de Junho, em Guimarães.
31.05.2008 - 20h19 PÚBLICO