segunda-feira, 22 de junho de 2009

Moita Flores: “não ando à procura de uma maioria”


20 Junho 2009 - 12:36 - Radio Pernes

Os salões da Quinta Nova, em Comeiras de Baixo, foram pequenos para receber os cerca de 1500 apoiantes da candidatura do independente Moita Flores, que conta com o apoio do PSD, à Câmara Municipal de Santarém.

Os anfitriões da longa noite foram Júlio Isidro e Isabel Figueira que, para além dos discursos, apresentaram a todos os presentes alguns nomes da música portuguesa, como Paco Bandeira, Carlos Mendes, Tereza Azoia, ou Filipe Gonçalves e os “Cinco”.

Na sua intervenção, a última da noite, Moita Flores assumiu como objectivo construir uma Santarém cada vez mais próspera e competitiva. Falou do percurso dos últimos quatro anos, que considerou de dificuldades, vitórias e paixão, e afirmou que cerca de 80 a 85 por cento do seu programa eleitoral do primeiro mandato foi cumprido.


No entanto, o candidato não deixou de de admitir que, neste caminho, cometeu erros mas também tomou decisões acertadas. Aos 85 por cento de projectos que diz ter conseguido concretizar, Moita Flores juntou outros tantos daqueles a que chamou de inesperados triunfos.
Ainda assim “esses 170 por cento não chegam” porque Moita Flores diz que a sua equipa “está esfomeada” e quer sempre mais para Santarém. Por isso o candidato abriu as portas da sua campanha “a todos aqueles que vierem por bem”.


“Venham todos, independentemente da sua forma de pensar, da sua condição, da sua forma de entender o mundo. Não tenham medo de enfrentar o futuro, o futuro começa hoje, nesta sala, e vamos caminhar para ele decididos, como no primeiro dia da nossa candidatura há quatro anos”, acrescentou.

Reforçando uma ideia que já tinha deixado a 19 de Março, aquando da apresentação oficial da sua recandidatura, Moita Flores reafirmou que não anda à procura de uma maioria absoluta.

“Só pede maiorias absolutas num concelho como Santarém, quem não conhece a sua história politica. Só entra nesse território da irresponsabilidade política, quem não percebe que ela se faz com as pessoas, e não com o cálculo dos números. Mal daqueles que só pensam em números para a política… Ainda há pouco tempo tivemos um exemplo disso e tiveram a mais pesada derrota da sua vida. Espero que isso seja uma lição, para perceberem que política é servir os homens, as mulheres, é servir aqueles que precisam de nós”, vincou o candidato apoiado pelo PSD.


Antes da intervenção de Moita Flores, houve tempo para enviar alguns recados a outros candidatos. João Leite, da JSD, considerou “feliz” o cartaz de campanha do PS, onde António Carmo surge de braços cruzados, acompanhado pelo slogan “um presidente a tempo inteiro”.

O líder da juventude laranja ironizou afirmando que a proposta socialista passa por “um presidente a tempo inteiro… e de braços cruzados”.

Depois foi a vez de Ricardo Gonçalves afirmar que, depois de 30 anos de mandatos socialistas, e com a mudança de cor verificada na autarquia há quatro anos “hoje os municipes já conseguem distinguir a Santarém de antes e depois de Moita Flores”.

O líder concelhio do PSD acusou de seguida o PS de apresentar às próximas eleições um candidato que está muito longe de ser uma primeira escolha.